Thursday, July 29, 2010

sp#2

A paixao eh transitoria
quanto mais transitamos
mais nos apaixonamos
ficar parado nao ajuda
nao transita


nas ruas
me apaixono todos os dias
varias vezes
por diversos motivos
um cheiro
um traseiro
uma mao
uma sensacao
um nao
um olhar


ahhh eu nao me canso de me apaixonar...!

Friday, July 23, 2010

sp #1

estou escutando grandes cantores.
a voz deles corre
como tudo que eh belo e livre,
e me fascina e me preenche.

estou em uma outra cidade. onde
sou maior porque nao sou ninguem.
passarei passarinho.

espero no apartamento.
sera que vai chegar?
tantas ruas, tantas pessoas...

acho que o importante eh dar sorte pro acaso.

ventura, de novo?

Sunday, December 16, 2007

12:51

Ela está inquieta.
O barulho e a luz a incomodam.
A latinha vazia que ela bebeu sozinha está na minha frente.
Pego o meu lençol.
Sinto o cheiro de novo, de corpos, dela.
Sorrio.

Ela respira mais pesado.
Imagino se está mesmo dormindo.
Seus brincos estão na minha frente.
Suas roupas, aos meus pés.
Me imagino na praia, com ela.
Rio.

Ela finalmente adormece, depois de muito se coçar.
Me aproximo na surdina.
Fito fixamente seus olhos fechados.
Beijo-a, sem acordá-la.
O que me resta?

Ama-la....
kkkkkkkkkkk
ama-la
kkkkkkkkkkk

Thursday, December 06, 2007

we - man. women. oui, m'am. me.

Ressaca.
no good.
meu saldo está negativo.
vazio. tanto a dizer, mas sempre sem vazão.
será que realmente importa?
as nossas motivações são sempre uma icógnita. deve se esperar coerênica? dos outros? de si?
eu acredito que sim. ou prefiro acreditar. ou quero acreditar.
ou não quero acreditar.
truth or illusion?
vazio. discurso vazio. incompatibilidade. de mim comigo.
quanta anarquia... sex pistol.
deu duro........
dei duro. muito. bodes, peixes, carneiros, elefantes, zebus, a fauna toda... fiz uma carnifícina e dancei sobre os cadáveres. flores para los muertos. só não quero enterrar ninguém em marte. quero perto. mais perto. mais....
eu quero. eu quero. eu quero. um queredor nato.
blackeyed. "excpet to my own pleasure zone"
chinaski. molko. burton. taylor. george. martha. ramers.
drink away, drown it.
love it.
not it. her.
a busca pelo auto-conhecimento. entendo os solitários.
s&m.
as flores quando irrigadas, brotam e crescem. se muito, afogam.
birgin, agua-ardente flavorizada, tinto-seco-quente.
lava lava lava lava lava. o sabão acabou e a pele, vermelha e verde.
peel. peel. we all must peel.
é só uma ponte. ou não?
talvez seja só ressaca....

Thursday, September 13, 2007

Combustão espontânea

Sabe, é muito complicado... Somos todos frágeis e andamos cambaleantes na nossa embriaguez-contra-a-realidade, tentando se agarrar a qualquer coisa pra justificar a nossa existência e nossas pequenesas. Tentamos nos sentir especiais, mas esquecemos de ser.

Monday, July 30, 2007

Tá, eu juro que daqui a pouco eu posto algo novo...

Thursday, August 24, 2006

Ventura

Um homem e uma mulher. Parados, frente a frente. Penumbra, local desconhecido. Se abraçam.

MULHER - Foi naquele exato momento que entendi tudo. Não mais éramos um par, e sim duas pessoas que muito se gostavam. O calor deu lugar ao requentado, e todo aquele conforto que um simples abraço como esse me oferecia parecia intangível, escorrendo pelas pontas dos dedos, se afastando lentamente da realidade. As mãos grandes nas minhas costas eram proteção. Agora, são restrição. Olho para o seu e olho para o chão e brilho, não por refletir, mas por reter toda a luz que recebo. Entendo agora porque as borboletas voam tanto, já que eu mesma faria o mesmo, se por ventura sair do casulo. Fogos no céu. Pequenas centelhas. Pequenas centelhas de vida que trocaria por anos de minha vida. Me reconheço no começo, através do fim. Me sinto pena. Barco a deriva, sem direção, mas com uma bússola na mão. A vontade é de gritar, um grito tão imenso que não consiga nem ouvir, mas que me preencha. E a ti.

HOMEM - Que bom que nos reencontramos.

Wednesday, August 23, 2006

Cadeiras de espera ao vento

Martelos na minha cabeça pela manhã, dos modos mais e menos literais. Ou quando não, extra-efusividade, daquelas proibidas antes de algumas cervejas. Todo dia espero por um sim e caio um pouco mais, embora sempre receba um talvez. Com caras diferentes, é verdade, ora mais pro sim, ora mais pro não... mas ainda assim, talvez. De confusão para gerar confusão. Minha barba já está crescendo e sinceramente, eu fico melhor sem ela. O dinheiro insiste em desaparecer, não importa quanto eu tenha. Vira sempre, in-va-ri-a-vel-men-te




papeizinhos amarelos.

Oldies but goldies

Minha vida é feita de 3 pontos... assim ó ... vaga... meio sem terminar as coisas... As vezes eu queria que fosse um ponto final. Ponto. Pronto. Resoluto. Até mesmo uma interrogação (afinal, quem não gosta de um suspense?) ou uma exclamação tornariam tudo mais excitante! Mas aqui estou eu... tresponteando por aí... esperando... Se ao menos os três pontos formaessem um triângulo, aí seria um portanto e , portanto, teria fim Mas não... Eles tinham que estar em linha reta... e reta, todo mundo sabe:
é uma chatice só...

Friday, June 16, 2006

Roncos ao pé do ouvido

Álcool e atvidades físicas nunca te deixam na mão.

Monday, June 12, 2006

No porão, cercado de alumínio.

É simplesmente falta do que amar. É isso que é. É alienacao. É falta de olhar pra dentro de si. É falta de gozar gostoso, na cara de alguém. É falta de um beijo de boa noite. É falta de extravasar, falta de experimentar, é falta de trabalhar, é falta.

É falta de tesão pela vida. A vida em todas as suas vertentes e infinitas possibilidades. É o freio que colocamos na própria boca. Ou os óculos pra enxegar mal. É simplesmente saber que é possivel conectar ao invés de fingir, de fugir. De ser sincero com nossa situacao irreversivel de ser ser. De se lambuzar todo, de pecado e redenção. A salvação vem de dentro e se externaliza e contagia. É chorar e nao ter medo de dizer não, sim, talvez e não sei.

Thursday, April 20, 2006

Alo?

Monday, August 01, 2005

How about...?

Five Hundred Twenty-Five Thousand Six Hundred Minutes
Five Hundred Twenty-Five Thousand Moments So Dear
Five Hundred Twenty-Five Thousand Six Hundred Minutes
How Do You Measure
Measure A Year?
In Daylights
In Sunsets
In Midnights
In Cups Of Coffee
In Inches
In Miles
In Laughter
In Strife
In Five Hundred Twenty-Five Thousand Six Hundred Minutes
How Do You Measure
A Year In The Life

Sunday, July 24, 2005

De camisa azul e bermuda desbotada (ou Uma manhã antimatinal)

Hoje acordei inquieto. Minha mente fazia voltas mil, em um turbilhão arrebatador e nada misericordioso. Como marinheiro no meio da tempestade, fiquei desnorteado e enjoado, esperando que passase logo. O tempo, dizem, cura tudo. Menos o próprio tempo. Pra isso ainda não inventaram remédio.

Os ponteiros do único relógio que ainda não tinha parado por falta de corda ainda faziam um ângulo reto entre si . Lá fora, nem os passarinhos, líricos por natureza, cantavam. Estava tudo... silencioso. Se me esforçasse, podia ouvir minha própria mente sussurando mensagens normalmente inteligíveis. Talvez se pudessemos nos ouvir mais claramente todos os dias...

Todos dormiam o sono dos justos. Ou o dos ébrios. Cada passo dos meus pés , que por culpa dos anos de patins estalam, pareciam macular toda o cenário. Senti-me como se estivesse saindo furtivamente pela manhã da casa de um fruto da bebedeira e da lascividade, necessariamente nessa ordem. A situação era pra mim tão constrangedora e sufocante que esbarrei na cômoda de propósito, só pra ouvir aquele som anárquico rasgar o silêncio, mas com irritante classe ele se recompôs e sentou-se novamente em seu trono.

Da janela se via o gramado parcialmente inundado pela luz do astro rei, aquela luz que deixa a grama quase verde fluorescente. As cachorras andavam preguiçosamente, assim como eu. Na boca, o gosto de corrimão de puteiro me fazia lembrar das algumas coisas que me lembrava de ontem a noite. Saí para respirar um pouco do ar matinal, algo que meu corpo não está mais familiarizado. A manhã não é amiga daqueles com hábitos poucos saudáveis. Nesse momento redescobri o prazer de viver manhãs, provavelmente amassado em algum lugar no fim do meu arquivo de sensações. É tão certo quanto dois mais dois são quatro dizer que cada hora do dia tem sua característica específica. Comer, correr, tomar um whisky, todos trazem uma sensação diferente dependendo de quando são feitas. Melhor ou pior é questão de onde e quando você nasceu.

Acendi então meu amigo para todos os momentos, exceto dentro de shopppings, restaurantes e outros lugares fechados. Na vida, há sempre o que se excetua. Da exceção vivem todos todos os meus sonhos e anseios. Enquanto baforava, fui ficando mais sereno e fui pensar no meu dia, mas lembrei que nada tinha pra fazer. Excesso de tempo. Alguém já ouviu falar nisso? A cachorra menor veio para perto de meus pés, buscando um afago e abanando o cotoco aonde hoje estaria o seu rabo. Ao invés de carinho, no entanto, recebeu um pontapé nas costelas. Se cachorros falassem, aposto que ela teria falado algo cabeludo, me chamado de grosso, insensível e o que mais constasse no seu vocabulário de cadela. Não a culparia. Nessa manhã, em especial, não queria demonstrar afeto por ninguém. Alguém um dia disse: "o egoísmo é uma bênção".

De volta a sala, não sabia o que fazer. Não tinha fome, o que é algo raro de se acontecer. Queria tomar um banho. O banho é um dos meus momentos favoritos do dia. Sinto algo purificador e renovador. É clichê, claro, mas quem se importa? Quem disse que o mundo é feito só de coisas originais? Mas naquele momento, eu estava com preguiça até pro banho. E além disso, não queria acordar ninguém. Por mais que o silêncio me incomodasse, estava gostando da minha companhia.

Enquanto pensava nisso tudo, me surpreendi fazendo algo que não fazia desde minha infância: estava andando em volta do tapete, contornando-o inúmeras vezes, olhos fixos no chão, acompanhando os movimentos dez pras duas dos meus pés gordos. Um vento passou e recuou as páginas daminha memória direto praquele grande apartamento na Asa Sul, aonde passava vários minutos solitários, mas não no sentido negativo da palavra, me dedicando ao meu estranho passatempo. E isso me acalmou mais um pouco. Foi como sentir o cheiro da sua primeira namorada, ou o cheiro do refeitório do jardim de infância.

Já que não sabia o que fazer, meu corpo decidiu por mim, e fui ao banheiro. Ao me olhar no espelho, notei uma nova marca de expressão no meu rosto. Junto com a gordura excedente, isso está se tornando cada vez mais comum. Assim que dei descarga, rodei a maçaneta, sem lavar as mãos mesmo, e abri a porta. Ou pensei que ia abrir. Com meu movimento brusco, a parte de dentro da maçaneta caiu, sobrando apenas a parte de fora, que já se encontrava bamba e prestes a encontrar o chão como sua outra metade. Isso tornava impossível reencaixar as duas partes, de modo que descobri: estava preso. Por um segundo, me odiei profundamente. Sabia que a porta estava comproblema, mas, perdido em meus pensamentos nostálgicos e levado por meu instinto de evacuação instantânea, não lembrei desse detalhe.

Tentei recolocar a maçaneta, no lugar, mas a esperança logo se transformou em desespero e, por um fio, não derrubei o outro lado, o que me sentenciaria a algumas horas de espera naquele cubo. Olhei para a janela, mas elas tinham barras de segurança. Maldita segurança. Tentei então fazer o mais óbvio: gritar por ajuda. Como todas as primeiras palavras do dia , o primeiro grito saiu fraco e rouco, mais pareceu um lamento de um moribundo. Limpei a garganta e por mais incontáveis vezes chamei por socorro. Tudo em vão. Todos emaranhados nas teias dos sonhos, ao som da lira de Orfeu. Ou apenas ignorando um chamado de socorro. Mas isso pouco importava. O fato é que eu estava preso. Quando disse que estava gostando de minha companhia, não quis dizer nessa intensidade toda. Precisamos de uma distância civilizada até de nós mesmos. Sentei na privada e esperei. A privada, companheira de merda, perfeita pra essa situação. Foram uns 5 minutos com gostinho de cola. Tão insuportável e aparentemente interminável era a situação, no fim dessas 3 voltas de Fórmula 1, já não aguentava mais o som da minha respiração. E quando algo vital começa a te fazer mal, é sinal de que a coisa não anda bem mesmo. Foi aí que decidi fazer algo hollywoodiano, mais pra fazer algo do que por esperança mesmo.

Providencialmente localizado na pia, peguei um grampo de cabelo e fui tentar resgatar o que ainda restava da maçaneta no buraquinho. Se meu mullet estivesse maior e meus cabelos fossem loiros, poderia estar tranquilamente em um episódio de Profissão Perigo. Com precisão de cirurgião que opera gente famosa, introduzi o pequeno objeto na fenda e tentei puxar a maçaneta. E, pro meu espanto, funcionou! Em poucos segundos, trouxe a maçaneta de volta pra sua posição original, o que possibilitou minha saída da minha prisão escatológica. Abri a porta. O sol já raiava mais forte e ouvi passos nas escadas. Sorri um sorriso de satisfação. Dever cumprido. Sensação estranha nos últimos tempos. Naquele momento, queria ter me olhado no espelho.

Monday, July 11, 2005

Devaneio dominical matinal cerebral.

Eu não sei. Mas quem sabe, de qualquer forma?
---//---

Ontem eu escarrei na pia. Aquele escarro bem nojento, de quem fuma e tá doente. Meio marrom até. Tomei meu banho, despreocupado e murmurando canções molkianas. Quando terminei, voltei à pia e vi que as formigas estavam comendo o meu escarro.
Não, não é um texto escatológico. Mas aquilo me tocou de alguma forma. Claro, a explicação biológica é óbvia.

Meu mal alimenta algo. Meu mal alimenta alguém. Meu mal alimenta sensações. Meu mal me alimenta. Eu sou viciado no meu escarro. Somos viciados em nossos escarros e nos alheios. Nos alimentamos disso, festejamos, banqueteamos, lambemos os dedos e pedimos mais. O desejo de auto-satisfação, de suprir alguma carência ou sejá lá o nome que você preferir dar, é maior do que o nojo, bom senso e moral. Somos auto-indulgentes, prontinhos pra inventar desculpas mil.
Lambemos a ferida não pra curar, mas pra ver se sentimos melhor o gosto do sangue.

Sunday, July 10, 2005

Breve introdução introdutória

óbvio: [Do lat. obviu] 1- Que está diante dos olhos; que sala à vista; manifesto, claro, patente.

ulular: 5- Proferir berrando; bradar, vociferar.

pulular: [Do lat. pullulare] 5- Existir, ser ou conocrrer em grande número; abundar, sobejar, fervilhar.

mente: [So lat. mente] 1- Intelecto, pensamento, entendimento; alma, espírito.

(Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa)

Achei que esse fosse o momento ideal de fazer essa nova incursão nos mundos bloguísticos... O último, homônimo, morreu velho, de cirrose, solidão e um chute no saco.

Vida longa ao novo Além do óbvio....., agora mais velho, mais alcoólatra, mais cabeludo, mais bigodudo, mais pesado, mais cansado e muitos mais mais.